Bob Dylan é eminência parda aqui neste blog. É como “O Louco” do Tarô que está em todas as cartas e todas as cartas contém o Louco. É como orixá “Tempo”, que está em todos os orixás e todos os orixás estão em Tempo. Esta breve ilustração é só para dizer que aqui também é assim. Dylan está em todos os posts, todos os posts contém Dylan.
Esta trilha sonora foi dica da Camila. Achei excelente. Geralmente, essa coisa de “outros artistas interpretam a obra de...” tende a ficar com cara de fanfarra. Aqui não, com uma escalação de primeira: Sonic Youth, Yo La Tengo, Stephen Malkmus, Calexico, Tom Verlaine, Cat Power e até o maleta do Jack Johnson se saindo bem com “Mama you´ve been on my mind”, a coisa funciona dentro e fora do filme.
O filme “I´m Not There” (Não Estou Lá, aqui) de Todd Heynes é uma invenção muito bem realizada sobre as constantes mutações que Bob Dylan sofreu ao longo de toda sua carreira. Daí a idéia de colocar seis atores diferentes, incluindo uma mulher (Cate Blanchet) para interpretar as diferentes fases do cantor. Além de ser um dos últimos filmes de Heath Ledger, também estão no elenco Richard Gere, Christian Bale e Ben Whishaw.
Dylan é um amálgama de quase toda a história do pop. Começou como um cantor de folk, transformou-se em roqueiro e artista pop, depois enveredou por country, gospel e blues. Letras quilométricas, poemas, estórias, parábolas, crônicas de fôlego impressionante que influenciam e atraem até hoje.
Eu que sempre achei que as melhores versões das músicas do Dylan estavam nas mãos de Jimi Hendrix e dos Byrds, esse disco me fez pensar diferente. Deve ser por isso que não paro de ouvir.
Quem quiser dar um confere, tá aqui.
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