quarta-feira, 27 de maio de 2009

3 MACACOS

Segundo a Wikipedia, Três Macacos Sábios ilustram a porta do Estábulo Sagrado, um templo do século XVII localizado no Santuário Toshogu, na cidade de Nikko, Japão. Sua origem é baseada em um trocadilho japonês. Seus nomes são mizaru (o que cobre os olhos), kikazaru (o que tapa os ouvidos) e iwazaru (o que tampa a boca), que é traduzido como não ouça o mal, não fale o mal e não veja o mal. A palavra saru, em japonês, significa macaco e tem o mesmo som da terminação verbal zaru, que está ligado à negação.


O filme turco "Uç Maymun" (3 Macacos, aqui) de Nuri Bilge Ceylan mostra pai, mãe e filho como os macacos japoneses, o que nada vê, o que nada fala e o que nada escuta. Assistir ao filme é uma experiência sensorial, por vezes incômoda, que mostra a desagregação de uma família por conta de um acordo bizarro com pouquíssimos diálogos, atmosfera opressiva e uma fotografia de rara beleza.

Não sei se a Turquia é o lugar mais apropriado para se passar o verão. De dia calor infernal e fim de tarde tempestade. Os personagens traem, brigam, sofrem de alucinações e se amam como qualquer pessoa. Sai do cinema com a sensação de calma aparente e desespero controlado. Era de tarde, entrei no cinema como um desvio e comemorei quando cheguei em casa antes das oito. Se eu tivesse ido na sessão das dez, macacos me mordam, perderia o sono, certamente.

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