sexta-feira, 22 de maio de 2009

3 FILMES INCRÍVEIS E SEUS PERSONAGENS MARAVILHOSOS

O que Wilson Simonal, Darlene Glória e MC Chapadão têm em comum? Quase nada. Mas, vamos pela ordem:

simona

SIMONAL – NINGUÉM SABE O DURO QUE DEI.

Muito já se falou sobre esse filme e para não chover no molhado, posso, como espectador comum, dizer que gostei muito. O início é ótimo. Visualmente bem cuidado, engraçado e cínico como poucos filmes brasileiros. Da metade pro final, a coisa muda e fica “séria”. O que me fez sair do cinema com a sensação de ter visto uma bela homenagem. Na verdade, nunca fui muito fã de Simonal. Uma música ou outra que chamava atenção, mas sempre achei os arranjos todos muito iguais e ele muito presepeiro. A vontade que eu tinha, sempre que ouvia seus discos, era de ver o sujeito cantando ao vivo e isso o filme tem de sobra. As imagens de arquivo trazem momentos sublimes. Agora, mais do que um filme de personagem, o barato é ver a platéia brasileira que acredito não ter igual em lugar nenhum do mundo. Brasileiro ama cantar junto, fazer coreografias e ser parte do show. Simonal realmente dominava essa arte e arrisco dizer que foi o precursor de toda essa...por falta de melhor palavra...presepada.

FELIZ NATAL

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Bom esse filme de Selton Melo. Continuando a onda de “filmes de personagens”, ele conseguiu contar a história de uma família completamente desestruturada sem cair na pieguice. Por mais que encha um pouco o saco a constante cara de choro dos atores em alguns momentos, a coisa toda é bem feita e comove. Grandes atores, bom texto e Darlene Glória que é um caso à parte. No Making Of, tem um depoimento de Selton sobre o momento em ele decidiu colocar a Darlene na história: Fazer uma ponte direta e sem escalas com o Toda Nudez... Telmo Fernandes também é outro ator brilhante. Lembrei de alguns amigos com o personagem dele. Só isso já me faz recomendar.

lapa

L.A.P.A.

Outro altamente recomendável é este documentário do Cavi e do Emílio sobre o Hip Hop feito na Lapa. Bairro do Rio que é quase um celeiro de personagens. Disse alguém que o cinema é a “arte do presente” e não tem quem contribua melhor para falar do presente, do aqui e agora como os rappers. Não tem como não se espantar com a fúria do Marechal estilhaçando frases, com a dedicação e o talento do Funkero e o carisma do MC Chapadão. Vozes que inovam e reinventam a própria história. Mais do que qualquer coisa, um documentário precisa ter sinceridade. E o filme é isso.

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