terça-feira, 11 de agosto de 2009

RIOBALDO, MIA COUTO E O HOMEM CONDESCENDENTE À DERIVA

bote

- Me inventei nesse gosto, de especular idéia. – Sentenciou Riobaldo.

Ora vejam, cá está de volta o homem condescendente que entende que tudo é muito mais simples e que a natureza é mil vezes mais interessante e que nossos problemas são ridículos se comparados a imensidão dos mares rios montanhas e o céu de agosto mas logo logo o homem condescendente fica contrariado e pensa nos nóia pensa na cracolândia e pensa que será que ele mesmo já não se tornou um nóia? Um nóia da nóia? O nóia da nóia do nóia? Mesmo sem crack é o craque da nóia Que sujeito!

O homem condescendente pensa que dorme demais pensa em parar de comprar cigarros e achocolatados para começar a comprar cigarros de chocolate pensa em escrever o poema impecável e definitivo pensa que existe saudade de idéia e saudade de coração e quem é que sabe das contas do Estado? ninguém

- E vão demolir o puteiro? – Indagou.

- Tu já foste a Help? – Devolveu Riobaldo.

- Eu? Não tresmalho! - Respondeu feito Riobaldo.

E nada como uma sessão de cinema no meio da tarde Oh a beleza imaterial dos afetos E que coincidência ter um escritor neste filme, será o mesmo escritor do filme da semana passada? Começo a acreditar que sim Tudo é e não é

Riobaldo, Mia Couto e o homem condescendente sentaram por ali perto afinamos silêncios e o filme começou