terça-feira, 13 de julho de 2010

Todo mundo quer amor de verdade



Acabou a Copa e já é possível falar de outro assunto. Mas este assunto que todo mundo está falando, ninguém aguenta mais falar. Falo por mim.

É o caso do goleiro. E, neste caso, aproveito o mote levantado por Xico Sá em "Chabadabadá - Aventuras e desventuras do macho perdido e da fêmea que se acha" para dizer que esses caras que cometeram tal atrocidade não gostam de mulher.

Sem querer insinuar que a situação ente Bruno e Maka (amor verdadeiro) levou ao crime passional, mas para eles, mulher é coisa. Assim como a Ferrari, a champanhota e a carreira. Não a futebolística, a outra. Money Talks.

Misoginia pura e aplicada. Uma distorção, uma deturpação do "macho jurubeba, do macho a válvulas, do macho a carvão."

Elas gostam é de carinho, amigo. Carinho, atenção, sinceridade e umas flores de vez em quando.

"De cordão de elite, 18 quilate, põe no pulso, logo brait / que tal, tá bom? / de lupa,mochilão, bombeta branca e vinho/champanhe para o ar para abrir nossos caminhos..." Será que nem com o recado de adolescente juvenil dos Racionais, os caras se ligam, mano? Ou tudo já nasceu vida loka?

E se o assunto é pensão, família...vixe! Pra que? Se eu nunca tive isso? Mais fácil matar e concretar o caso. Não basta abafar, tem que concretar.

O ponto é que nem o mais macho por mais macho a carvão que seja, faria uma atrocidade dessas com uma mulher.

Nem o mais doidão dos doidões. Nem durante a mais orgiástica das orgias Led Zepelinianas ou Rollling Stonianas se fez besteira igual. Portanto, não culpem o meio. E sim quem tá no meio do meio de quem.

Temos também exemplares nacionais do macho jurubeba como Manuel Bandeira e Jaime Ovalle que "conseguia ver beleza até nas mais feias". Dupla de ampla penetração na Lapa e nas moças de fino trato, onde transbordam histórias de noites e noites de diversão regadas a rapé e um poemeto aqui e outro poemeto ali em homenagem as meninas.

Para Bandeira e Ovalle, as muié significavam diversão, paixão, sexo, companhia. Ripa na chulipa e não me amarra dinheiro não, mas formosura.

Mas parece que desde tempos imemoriais que a mulher só pode ter duas classificações na sociedade: Puta ou Santa. Não tem meio tom?

"Traiçoeira e vulgar / Sou sem nome e sem lar / Sou aquela / Eu sou filha da rua / Eu sou cria da sua costela..."

"Quem nunca saiu no tapa com alguma mulher?" Declaração infeliz, garotão. Cadê o Ministério Público nessas horas?

Em mulher não se bate nem com uma flor, campeão. Trate-as bem, ou vá dar tratos à bola. Melhor uma chuva de pétalas, mensagens, afagos. Aliás, isso não só pra muié, mas para o ser humano de uma forma geral, né bitchô?

" Sou perfeita porque / igualzinha a você / eu não presto, eu não presto..."

Pisou na bola? Bota o galho dentro. Suma ou assuma.

Entenda, compreenda ou deixa a menina sambar em paz.

Nenhum comentário: