terça-feira, 24 de novembro de 2009

AGORA ESTÁ...



em um ônibus, indo para Hurricane de Bob Dylan no Ipod. Dois homens conversam no banco da frente.

Algum dia você já acordou se perguntando quem é você pois hoje acordei assim um escritor sem roteiro um espelho sem imagem um jornalista sem notícia um humorista sem piada uma lagartixa sem parede um nada e um calor da porra E eu? Saí de casa, fui almoçar, voltei. Ontem fiz a mesma coisa e já não tenho mais o que dizer. Sobre a guerra? Sobre as eleições? Sobre a novela? Não é mais possível dizer certas coisas. Eu digo certas coisas que eu considero boas e que parecem cair em desuso. Estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente aonde vai parar Talvez em alguma conversa no MSN ou no Orkut ou no hospício O destino da humanidade talvez, quem sabe, em uma hipótese remota, seja a LOUCURA Vamos, vamos todos ficar muito loucos, Herculano. Tacar fora nossos celulares, aquele home theater que ainda não paguei aliás, vamos jogar nossos valets, tickets, vauchers, notas, comprovantes e vamos pegar tudo de graça. E para que isto não pareça um discurso engajado posto que é da arte...Posto que é chama. Por que construir mais prisões, igrejas e farmácias se estamos livres, crédulos e saudáveis? Eu me sinto representado por certas bandas nacionais Parem com essa guerra estúpida, parem de publicar notícias sobre a Parem de escrotidão parem parem

Meu dia estava apenas começando e tudo o que eu queria era um café com leite. E talvez nossos assuntos do dia-a-dia comecem a ser pautados a partir de conversas como essa

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

CONTO SEM CONTAR



Uma vez ele me disse que eu deveria ter vergonha do meu que o meu era quase imoral de tão ruim. E que eu deveria pensar duas vezes antes de pois da próxima vez ele poderia até aquilo era uma e como toda argumentei que se fosse poderia até valer tudo o que eu queria naquele momento.

Ele me perguntou se eu estava engambelando porra que ele aquela nada fazia e arrisquei uma: “Por favor, senhor, reconsidere.” Ele continuou a me interrogar e me afrontar começou numa de querer queimar os meus no momento em que ele jogou todo o meu um passava e ficou na dele. Qual ele viu os meus teve uma crise de foi quando ele disse que aqueles pertenciam a uma e o quis

Hoje vivemos os três no meu